Mês da Mulher: paixão pelo vôlei fez Cintia levar a família para a quadra: ‘Trabalho em grupo é essencial’

A família Amaral não dispensa uma partida de vôlei. Cintia, a matriarca, sempre foi uma apaixonada pela modalidade. Há alguns anos, ela convenceu o filho e o marido a entrarem em quadra. Unidos na vida e no esporte.

Diretora da Divisão de Esportes da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo, Cinta conheceu o vôlei ainda pequena, na quarta série. Foi uma paixão arrebatadora. “Tinha uma professora de Educação Física, a Luci, que ensinava o atletismo na escola. Eu praticava salto em distância, salto em altura e corrida, até que ela implantou o vôlei e me chamou para jogar. Criança topa tudo, e eu topei. Joguei, me apaixonei e não parei mais”, disse.

Não tem erro: todos os finais de semana, faça chuva ou sol, lá está Cintia, com o uniforme do Nitro Volleyball, time da Zona Leste da capital, disputando partidas masters. E ela não está sozinha. Seu filho mais velho e o marido também entraram na onda.

“Meu filho joga desde pequeno. Meu marido entrou para o quadro masculino e me acompanha nos treinos e jogos. Formamos uma família também no vôlei”, contou ela, que gosta de atuar como oposta.

Lições para a vida

Entrar em quadra e ajudar o seu time a vencer é só uma parte do trabalho. Nesses anos todos de quadra, Cintia aprendeu valores que vão além do placar final de uma partida.

“O esporte de forma geral nos ensina a ter disciplina, respeito, paciência e resiliência. No vôlei, o trabalho em grupo é essencial. Se você não tiver uma boa recepção, não terá um bom levantamento e, consequentemente, um bom ataque. Cada jogador do time depende do seu colega. O vôlei me ensinou também sobre amizade. Jogando, encontrei pessoas maravilhosas. Me senti acolhida, e o esporte também é acolhimento, união”

Chances iguais

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, Cintia acredita que as mulheres alcançaram êxitos significantes dentro do esporte nas últimas décadas. Para ela, o talento feminino por si só ajudou a derrubar o padrão estabelecido.

“Antigamente, as mulheres eram proibidas de praticar esportes. Hoje, a mulher é mais atuante e se faz respeitar no cenário esportivo. A mulher não aceita mais ganhar menos que os homens em premiação. Somos potência”, explica

Mês da Mulher

Março é o mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Em 1975, o 8 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, a data é comemorada em mais de 100 países como um dia de protesto pelos direitos femininos.

*Fotos: Acervo pessoal